segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Small Shadows
As pequenas sombras tomam conta da areia.
As vezes,um,dois e logo quando ele repara já são sete.
Tomam conta do espaço e ali,criam vida e dão a companhia que ele precisa.
Era quase sua sombra de menino que espalha alegria na areia imensa da Praia Morena.
Dentro do sorriso ele se perde e ecoa nas ondas do mar.
A areia,quase que acaricia os pés do homem e ele sonha e coleciona bolinhas de gude
dessas,ganhadas dos meninos maiores mesmo.
Também coleciona os amigos que faz.Um a um de importância maior.
Uma escola,é a areia - alguém diz.
Onde aprende-se lealdade e leva sabedoria.
Divide-se um doce,um pão que por ventura apareça
Sorri e brinca certo de que o sorriso faz a vida assim pode ser melhor.
As vezes,invisível.As vezes,medo.Mas ainda assim o menino.
Conheçe as esquinas.
Confia e desconfia.
Ganha,conquista.
Fortalece-se.
E assim,mesmo não tendo asas pode voar.
(Mariana Gouveia)
As vezes,um,dois e logo quando ele repara já são sete.
Tomam conta do espaço e ali,criam vida e dão a companhia que ele precisa.
Era quase sua sombra de menino que espalha alegria na areia imensa da Praia Morena.
Dentro do sorriso ele se perde e ecoa nas ondas do mar.
A areia,quase que acaricia os pés do homem e ele sonha e coleciona bolinhas de gude
dessas,ganhadas dos meninos maiores mesmo.
Também coleciona os amigos que faz.Um a um de importância maior.
Uma escola,é a areia - alguém diz.
Onde aprende-se lealdade e leva sabedoria.
Divide-se um doce,um pão que por ventura apareça
Sorri e brinca certo de que o sorriso faz a vida assim pode ser melhor.
As vezes,invisível.As vezes,medo.Mas ainda assim o menino.
Conheçe as esquinas.
Confia e desconfia.
Ganha,conquista.
Fortalece-se.
E assim,mesmo não tendo asas pode voar.
(Mariana Gouveia)
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O lado escuro da luz
O lado escuro da luz
(Dark Side Of The Light)
Para aquele homem as silhuetas brilhavam como se tivessem luz própria.
Os meninos,ali,ao alcance dos olhos refletiam vida e era como se a praia sorrisse.
Era a mistura do que ele profundamente conhecia e o que instintivamente sentia.
A liberdade tinha um lado escuro da luz.
A felicidade tinha sorrisos infantis.
O mar beijava a areia e a areia se deliciava com a carícia dos pés dos meninos.
Um homem vindo de um lugar onde tudo era ofertado,onde tantos tinham nada,onde tantos tinham tudo viu nos olhos dos meninos que acreditavam que andorinhas são anjosporque voam, a simplicidade da vida.
A luz,vinda dos olhos levava esperança ao coração.Embora,o dourado refletisse um lado escuro, a luz era bem maior.
Nem o sol conseguia esconder o escuro que o homem via.Um escuro que lembrava luz e ousadia.E que tinha uma melodia.Uma melodia cantada pelo sorriso dos meninos da areia.
Ele não sabia captar porque o prazer iluminava tanto.
E porque o encanto parecia reza ele sorvia da fé.
Da fé de ainda acreditar que era possível os contrastes combinarem entre si.O tão pouco sendo tanto.Um instante duradouro em segundos.
E assim,o homem bebia vida.E matava a sede de ser menino.
Mariana Gouveia
(Dark Side Of The Light)
Para aquele homem as silhuetas brilhavam como se tivessem luz própria.
Os meninos,ali,ao alcance dos olhos refletiam vida e era como se a praia sorrisse.
Era a mistura do que ele profundamente conhecia e o que instintivamente sentia.
A liberdade tinha um lado escuro da luz.
A felicidade tinha sorrisos infantis.
O mar beijava a areia e a areia se deliciava com a carícia dos pés dos meninos.
Um homem vindo de um lugar onde tudo era ofertado,onde tantos tinham nada,onde tantos tinham tudo viu nos olhos dos meninos que acreditavam que andorinhas são anjosporque voam, a simplicidade da vida.
A luz,vinda dos olhos levava esperança ao coração.Embora,o dourado refletisse um lado escuro, a luz era bem maior.
Nem o sol conseguia esconder o escuro que o homem via.Um escuro que lembrava luz e ousadia.E que tinha uma melodia.Uma melodia cantada pelo sorriso dos meninos da areia.
Ele não sabia captar porque o prazer iluminava tanto.
E porque o encanto parecia reza ele sorvia da fé.
Da fé de ainda acreditar que era possível os contrastes combinarem entre si.O tão pouco sendo tanto.Um instante duradouro em segundos.
E assim,o homem bebia vida.E matava a sede de ser menino.
Mariana Gouveia
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Extase
É verdade que as ruas salpicam vida.
brotam e rebrotam acácias plenas de flores e tornam a cidade rubra.
Mas,o que deixa em êxtase o homem com os sonhos de menino são os risos soltos dos meninos da areia.
Quase que em delírio ele se transporta além da areia fina e os olhos fixam os olhos do menino e a brincadeira tem gosto de vida.
O homem vive o menino e o menino,se vê no homem.
E o vento que sopra a areia fina e eleva brisa na água que goteja o rosto do pequeno marca a expressão da liberdade.
É possível um instante causar tanto?
É possível ver nos olhos que nunca viu nada mais além daquela pequena cidade e a areia da praia,o mundo?
Assim,o homem pleno de si e de vida seguia em extase areia afora.Em cada onda que batia na areia,parecia cantiga ecoando em seus ouvidos.
O mar,brindava a vida através dos meninos e ele se presenteva dessa vida.Tão pouco...e tanto.
Não havia falta de nada,porque não conhecem nada além do que tem e isso basta para que sejam felizes.
Seria incompreensível aos olhos comuns que a areia fosse mais do que areia.Que o riso solto fosse mais do que riso.Ele sentia isso.Era muito e além do que ele mesmo podia guardar dentro de si e entender o deslumbramento da vida em extase nos olhos do menino.
Mariana Gouveia
brotam e rebrotam acácias plenas de flores e tornam a cidade rubra.
Mas,o que deixa em êxtase o homem com os sonhos de menino são os risos soltos dos meninos da areia.
Quase que em delírio ele se transporta além da areia fina e os olhos fixam os olhos do menino e a brincadeira tem gosto de vida.
O homem vive o menino e o menino,se vê no homem.
E o vento que sopra a areia fina e eleva brisa na água que goteja o rosto do pequeno marca a expressão da liberdade.
É possível um instante causar tanto?
É possível ver nos olhos que nunca viu nada mais além daquela pequena cidade e a areia da praia,o mundo?
Assim,o homem pleno de si e de vida seguia em extase areia afora.Em cada onda que batia na areia,parecia cantiga ecoando em seus ouvidos.
O mar,brindava a vida através dos meninos e ele se presenteva dessa vida.Tão pouco...e tanto.
Não havia falta de nada,porque não conhecem nada além do que tem e isso basta para que sejam felizes.
Seria incompreensível aos olhos comuns que a areia fosse mais do que areia.Que o riso solto fosse mais do que riso.Ele sentia isso.Era muito e além do que ele mesmo podia guardar dentro de si e entender o deslumbramento da vida em extase nos olhos do menino.
Mariana Gouveia
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Ughhhhh!
Ughhh!
Será que ele tinha poder de mudar o sentido da areia?
Ah,sim,ele tinha!
Para ele a praia tinha uma espécie de magia que o transportava para além da areia.
Era como estrelas no chão.Cada grão,um universo estrelar em concordância com o mar.
Um céu dourado se formava a cada manhã e os meninos,astros de sua visão.
Ali,naquele pedaço de areia,o sol eclipsava para ele,no mar.
Era a fusão da vida e da magia.
O que ele enxergava,era demais para olhos comuns.
Eu tenho certeza de que ele não tem olhos comuns,porque a sua alma de criança brinca ali e viaja no coração de cada menino.
Era tão simples que parecia que a cada guardar de memória era como se a alegria dos meninos pudesse ser capturada para se tornar fonte de amparo nas noites de solidão.
Como podia querer mais diante de tanto?
Como teria a mesma audácia daqueles meninos diante da vida?
A manhã surgia sempre radiante e o mar parecia uma parede emoldurada e a pintura de sol que se tornava a estrela da areia.
E cada vez que ele ia embora levava cada menino preso nos olhos.
Levava a alegria e a liderança de Calandula.E sua sabedoria.Ele sabia tudo ou fazia todos os outros meninos pensar que sabia.Usava palavras que a avó pronunciava e a que mais gostava era Aiélo.Repetia quase como música.
De Pascoal ele levava a melodia...aquele hum,hum,huummm,tiuruhturuuuu..não lhe saía da cabeça.E por vezes se pegava no ritmo da melodia.
De Chiquinho e de Tuca a elasticidade diante do tempo.A alegria estampada nos olhos.Sapalo e Salu eram um caso a parte.Energia pura.Gritos,piruetas e a leveza do riso.
Queria estar ali.Precisava estar ali e o tempo roía-lhe os ponteiros.Cada instante ali,tão precioso que em cada clic da máquina era como se pudesse guardar o tempo,feito jóia em sua caixinha.Como se cada um deles pudessem entrar câmera adentro e morar e ele,o homem que distribuía mágica como sonho no fim da noite,ao preparar para o último pensamento do dia pudesse tirá-los dali e brincar de ser menino da areia.
Ughhhhhh!
Mariana Gouveia
Será que ele tinha poder de mudar o sentido da areia?
Ah,sim,ele tinha!
Para ele a praia tinha uma espécie de magia que o transportava para além da areia.
Era como estrelas no chão.Cada grão,um universo estrelar em concordância com o mar.
Um céu dourado se formava a cada manhã e os meninos,astros de sua visão.
Ali,naquele pedaço de areia,o sol eclipsava para ele,no mar.
Era a fusão da vida e da magia.
O que ele enxergava,era demais para olhos comuns.
Eu tenho certeza de que ele não tem olhos comuns,porque a sua alma de criança brinca ali e viaja no coração de cada menino.
Era tão simples que parecia que a cada guardar de memória era como se a alegria dos meninos pudesse ser capturada para se tornar fonte de amparo nas noites de solidão.
Como podia querer mais diante de tanto?
Como teria a mesma audácia daqueles meninos diante da vida?
A manhã surgia sempre radiante e o mar parecia uma parede emoldurada e a pintura de sol que se tornava a estrela da areia.
E cada vez que ele ia embora levava cada menino preso nos olhos.
Levava a alegria e a liderança de Calandula.E sua sabedoria.Ele sabia tudo ou fazia todos os outros meninos pensar que sabia.Usava palavras que a avó pronunciava e a que mais gostava era Aiélo.Repetia quase como música.
De Pascoal ele levava a melodia...aquele hum,hum,huummm,tiuruhturuuuu..não lhe saía da cabeça.E por vezes se pegava no ritmo da melodia.
De Chiquinho e de Tuca a elasticidade diante do tempo.A alegria estampada nos olhos.Sapalo e Salu eram um caso a parte.Energia pura.Gritos,piruetas e a leveza do riso.
Queria estar ali.Precisava estar ali e o tempo roía-lhe os ponteiros.Cada instante ali,tão precioso que em cada clic da máquina era como se pudesse guardar o tempo,feito jóia em sua caixinha.Como se cada um deles pudessem entrar câmera adentro e morar e ele,o homem que distribuía mágica como sonho no fim da noite,ao preparar para o último pensamento do dia pudesse tirá-los dali e brincar de ser menino da areia.
Ughhhhhh!
Mariana Gouveia
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Kizomba
Há três estágios antes do encantamento
Primeiro,ele vê;
Os olhos do homem captam as pequenas sombras no despertar da nova manhã.
A luz do novo dia a anunciar uma série de coisas
segundo,ele sente;
e ele sente na visão que vê a mesma magia que provoca.
E essa magia,espalha e se transforma em encantamento.
Terceiro,o encantamento.
e no encantar as palavras não são para serem sacudidas feito areia no vento.
No encantar é apenas a respiração que sublinha os movimentos dos olhos.
O barulho da água com a risada dos meninos.
Estão sempre por ali.Banham nus e nus rolam na areia.Nunca sei direito se pela liberdade da idade,se para que as roupas fiquem secas quando voltar para casa.
Dançam Kizomba,como que se ouvissem a melodia através do mar.Vivem a vida.
Pura e simples como deve ser.
Convivem e praticam a amizade como se moldassem diamantes.
Pascoal gosta de marcar gols e cantar.Uma melodia,que sua mãe Mady saboreia entre o linguajar que ele não conhece e o atual.Fala de lua e de uma amor que partiu.Da terra dos sonhos,que seria o braço do amado.Aiélo,que é energia do ar,Calandula disse um dia.
Chiquinho e Tuca adoram as piruetas na areia.Parecem acrobatas de circo.
Sapalo e Salu imitam Calandula em qualquer coisa.Até no jeito de olhar por cima do ombro.
E assim,o homem se enche da energia do ar encantado e por muitas vezes,naquela areia nunca se sentiu tão acompanhado da vida,embora só.
Mariana Gouveia
Primeiro,ele vê;
Os olhos do homem captam as pequenas sombras no despertar da nova manhã.
A luz do novo dia a anunciar uma série de coisas
segundo,ele sente;
e ele sente na visão que vê a mesma magia que provoca.
E essa magia,espalha e se transforma em encantamento.
Terceiro,o encantamento.
e no encantar as palavras não são para serem sacudidas feito areia no vento.
No encantar é apenas a respiração que sublinha os movimentos dos olhos.
O barulho da água com a risada dos meninos.
Estão sempre por ali.Banham nus e nus rolam na areia.Nunca sei direito se pela liberdade da idade,se para que as roupas fiquem secas quando voltar para casa.
Dançam Kizomba,como que se ouvissem a melodia através do mar.Vivem a vida.
Pura e simples como deve ser.
Convivem e praticam a amizade como se moldassem diamantes.
Pascoal gosta de marcar gols e cantar.Uma melodia,que sua mãe Mady saboreia entre o linguajar que ele não conhece e o atual.Fala de lua e de uma amor que partiu.Da terra dos sonhos,que seria o braço do amado.Aiélo,que é energia do ar,Calandula disse um dia.
Chiquinho e Tuca adoram as piruetas na areia.Parecem acrobatas de circo.
Sapalo e Salu imitam Calandula em qualquer coisa.Até no jeito de olhar por cima do ombro.
E assim,o homem se enche da energia do ar encantado e por muitas vezes,naquela areia nunca se sentiu tão acompanhado da vida,embora só.
Mariana Gouveia
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